segunda-feira, 2 de abril de 2012

A corcunda e outro

Reconheci a figura da senhora da pensão pela parte de trás. Era atendida pelo Ricardo Araújo Pereira, que agora é caixa num banco. Sim, é verdade. Não, hoje já não é dia das mentiras. Sim, o RAP deixou o humor e dedicou-se a tempo inteiro a um cargo remunerado mais ou menos e bem posicionado. Resolveu ter uma vida normal ou assim, é lá com ele. Fez muito bem em mudar de vida e ir trabalhar num banco, que não deixa de ser um lugar de prestígio. Eu até acho que o humor dele só é bom no início, logo que começa tem montes de piada mas no fim não há auge, esfuma-se-lhe o esplendor grácil. Ele devia ter isso do auge em conta, nesses espetáculos nada há mais prazenteiro do que o humorista fechar a boca e fazer uma cara engraçada enquanto a malta ri durante meio minuto, é um apogeu do caraças. 
Mas dizia eu, a dita senhora tem uma corcunda notável. Quando ela se voltou e me perguntou 'como está?' tive vontade de responder 'agora já não estou mas estava a observar a sua corcunda'.
Agora riam meio minuto enquanto olho embevecida (faço caras, portanto) para o bancário mais famoso de Portugal e sou atendida do modo mais simpático e atencioso que pode haver.

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