terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O alaranjado

Francisquinho entra seguro e cheio daquela aura amaricada, como é habitual. Quando olhei melhor vi-lhe no rosto um tom laranja. Tinha colocado uma base para disfarçar a pilosidade e aparado as sobrancelhas. Fiquei boquiaberta cá por dentro, na verdade a boca não se me abriu de espanto, a cabeça é que ficou zonza com a visão tosca apelando ao metrossexual.

Eu não tenho nada contra os paneleiros, as paneleirices, as pilosidades, as bases de rosto cor-de-laranja e as sobrancelhas aparadas, ao sério que não. Eu gosto é de escrever dos outros. O meu imaginário não me fascina por aí além, antes me incita mais que muito a produzir aberrações literárias. Portanto e basicamente, é uma questão de não me aparecer à frente aquele que não quer ver-se escrito ou descrito por mim.

4 comentários:

Vítor Fernandes disse...

Cruel hein? :)

mas quem é que sua base alaranjada e vai passar despercebido?

Briseis disse...

Gosto... gosto da franqueza de "se não queres que fale, não me apareças à frente"...lol Mas, por outro lado, desgraçado daquele que, sem ser propositadamente, se cruze contigo num dia em que precise de obras no visual...lol

Teresa Diniz disse...

Podemos saber por onde anda, para não lhe aparecermos à frente? Estou a brincar, achei graça à ideia!

mz disse...

Frontal e ponto!

;)