quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Rabo-de-cavalo

Ela abre a porta, confiante. Naquele momento já o seu dia tem algum tempo passado e continua com o cabelo todo alinhado e preso num rabo-de-cavalo junto à parte de trás do pescoço. Olho para ela e parece-me que todos os fios de cabelo daquela mulher viram o pente nessa manhã e permanecerão obedientemente no lugar para onde foram mandados.
Ela emana um incrível tudo-no-lugar-e-não-sai-dali-que-é-feio-e-faz-mal-à-barriga. É bonita sem conseguir sê-lo. Como é isso possível? Tem a beleza presa no rabo-de-cavalo, falta-lhe a espontaneidade, soltura, leveza.
Tem muito e falta-lhe tanto...

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